Os lírios invisíveis libertavam um odor a pele feminina. Embriagavam os marinheiros da floresta cujos passos bêbados de sonho trilhavam estranhos caminhos.
A barca de folhas secas navegava pelos trilhos desse odor.
Magenta vestia-se com as cores do Outono e visitava essa floresta na busca dos especiais lírios. Tacteando descobria essas flores que cresciam ao toque. Ficava com os lábios vermelhos, com as pupilas amarelas.
Entre o arboredo uma chusma embriagada navega ao sabor da corrente do vento.
Magenta entra a bordo desse navio de sensações.
A corrente que nos leva é a dos sonhos.
Beijinhos e adeus. Se perguntarem por mim digam que estou no campo a pisar folhas secas.