Sunday, September 10, 2006

Último número

A imaginação acabou. Não sinto mais força para escrever. Os coelhos que andavam pela cartola da criação tinham-se extinto ou recusavam-se a sair. Por vezes o truque não era mais do que voltar a sacar o mesmo coelho vezes e vezes de seguida. Olhava para o fundo vazio do chapéu e perguntava-me: onde estaria a imaginação?Durante a noite sonhava palavras cheias de ilusionismo mas ao despertar um malvado encantador transformava-as em esquecimento.Escrevia mil vezes o mesmo poema como recurso final até que o poema sofria pequenas transformações de que mal me apercebia.Acordado sonhava números cheios de significado e um pequeno público que me escutava. Depois olhava para o vazio, fechava os olhos e voltava a enfiar a mão, como se dali ainda saltassem ideias!

9 Comments:

Blogger Eli said...

Espero que não seja o último. As tuas palavras são essenciais.

:)

2:22 PM  
Blogger Afrodite said...

"Último deste Capítulo", é esta a leitura que desejo fazer deste teu 'post'.

Uma pausa,nada mais, porque Fénix te sei.

§(~_~)§ beijo da Afrodite
(uma carinha d'anjo num corpo espectacular, com tudo no sítio, muito dentro do prazo, sem aditivos nem silicones)

8:16 PM  
Blogger musalia said...

...por vezes necessitamos de pausas, de silêncios. para recomeçarmos.

aconteceu-me há pouco tempo.

espero que regresses.

bj. :)

7:42 AM  
Blogger gato_escaldado said...

Como em tudo, mais que a inspiração. conta a "transpiração". Vá lá, mais um esforço...

abraços

4:07 AM  
Anonymous Anonymous said...

da-lhe tempo...
ela volta...
c a plenitude k nos habituaste :)
a inspiração claro,,lol
bjito

10:48 AM  
Blogger Lágrima del Guadiana said...

Lamentaría mucho tu partida.
Espero que la mano no se te enfríe indefinidamente, tus palabras son maravillosas.

Un abrazo

10:58 AM  
Blogger Lúzbel Guerrero said...

Imaginação? não caro amigo não, esse que escreve é você, e cada coelho é uma pérola valiosa para nos, os seus leitores que fazemos jóias com elas pra adornar a nossa vida. Não vou lhe pedir de trocar a sua vontade, mais sim lhe rogar de pensar de novo a questão no primeiro céu azul que veja o seu coração. Sempre suo. L G

2:04 AM  
Blogger agua_quente said...

Último? Ah, mas era só o que faltava!! Então onde vou eu fazer os meus exercícios mentais para seguir a tua prodigiosa imaginação?
Pausa e volta. :) Beijos

5:09 AM  
Blogger Lúzbel Guerrero said...

Olha André, é o Outono, o que ataca, tomara seu defesa seja tão boa como a sua poesia, voltarei com a esperança de ver seu exercito triunfante.

2:22 AM  

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