Monday, June 19, 2006

Mudança de pele

Como o desejo de beber a Lua num reflexo na superfície de um lago escutavam o passar da pele.
Precisão da epiderme.
Areal em que o tempo é levado pelo vento.
Sopro de vida e de distância e de caminho.
E de caminho nada havia que escolher: tocar o imediato como quem despreocupadamente toca nas águas dum rio com as pontas dos dedos.
Correm as caras num espelho por colher no trajecto.
Tirar o dedo do mapa quando o dedo é o mapa.
Nesse dia só desejava que não lhe fizessem nenhuma pergunta.

4 Comments:

Blogger Eli said...

Gostei imenso logo da primeira vez que o li.

:)

5:29 PM  
Blogger Princesa* said...

Nesse dia só desejava que me dessem uma resposta...

Um beijo

9:05 AM  
Blogger Monique Mendes said...

Ja ca nao vinha ha bastante tempo, mas tenho o prazer de ver (ler) que os textos continuam magnificos como sempre :)

8:31 PM  
Blogger Lágrima del Guadiana said...

Ni la vida, ni la distancia ni el camino parecen dejarnos escoger...

Tus palabras son un regalo para los sentidos, André...De pronto siento un deseo irrefrenable de acariciar la superficie del agua helada del Atlántico con las yemas de los dedos...

1:05 AM  

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