A experiência do nada
Em breve o ano terminará. O rio preso no tempo e as formas que conhecemos desvanecer-se-ão ante os nossos olhos fechados.
O rosto que se viu, nítido no implacável lago gelado do firmamento, não voltará a ver-se jamais.
Lançaste a adivinhar o sopro do vento perdido no espelho levantado ao infinito ao largo da costa da ilha humedecida das mangas azuis dum casaco.
Ruas impraticáveis na prática de suspender os olhares.
Ao cabo de tantos anos duma larga e variada experiência no cultivo de objectos perdidos nos bolsos rotos do mundo vislumbram-se desertos e os dedos abertos apalpam no vazio como trepadeiras procurando apoio num planeta distante.
5 Comments:
Excelente texto. Parabéns!. Abç cordial. Phylos
gostei de ler. um texto muito sugestivo
abraços
Hermosa reflexión, André. Tus palabras le ponen nombre a todas mis nostalgias...
excelente texto. apreciei.
abraços
Tinha saudades de te ler, André. É sempre um gratificante desafio seguir nas tuas palavras as inquietações que te (nos) assaltam.
Beijos
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