Wednesday, January 11, 2006

Fragmentos e outras improbabilidades poéticas ou a floresta impossível

As palavras que semeei a pensar em futuros poemas cresceram em demasia.
Vi-me embrenhado na selva das antigas palavras agora renovadas.
Lutar contra esta floresta mostrou-se inútil, a minha única opção era tornar-me parte dela.
Tumulto do deserto num ápice tornado campo vegetal.
Do grão de areia à célula viva e verde.
Pregava o olhar nos troncos e via a seiva correr pelas visões.
Raio verde.
O fruto da Palavra era o restolhar do poeta no meio do mato em caçadas ao antigo silêncio.
O novo dizer das coisas sorvia as antigas árvores cujas raízes flutuavam noutra mente.

5 Comments:

Blogger paper life said...

Vou desapontar-te: gosto mais de ti assim.

Bjs

:)

3:06 PM  
Anonymous Anonymous said...

Da floresta possivel destaco se me permitir este fragmento do seu fragmento;
"...O fruto da Palavra era o restolhar do poeta no meio do mato em caçadas ao antigo silêncio."
Boa semana.

3:29 PM  
Anonymous Anonymous said...

Gostei destas sementes germinadas em frutos das palavras ... tal como uma árvore sequiosa procuram nova seiva para alimentar as suas raízes. Beijinhos :)

12:31 AM  
Anonymous Anonymous said...

Como o ditado, se nao os podes vencer ,junta-te a eles,,lol
ou....
tambem podemos continuar a semear...
e opcional..
bjokas e bom fds

3:13 AM  
Blogger SL said...

Parece-me mais uma célebre perguntar ser ou não ser...mas a questão até parece que não é essa.
Jinhos

1:42 PM  

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