Saturday, March 18, 2006

Crescimento do som do céu

Aquela música perseguia galáxias entre as gotas do aguaceiro.
Encostava o ouvido ao céu cinzento.
Palpava as linhas traçadas pela chuva.
Sentia nas veias o começo do crescimento das glicínias, principio de uma nova floração.
A pele perdera o cheiro do tempo.
E sempre alcançava tão pouco do universo, mesmo quando os olhos se uniam ao céu e quase chegavam à música.

8 Comments:

Anonymous Anonymous said...

que linda música nos dás;)

as tuas palavras, essas, já não tenho capacidade para comentar.

Lúcia*

P.S. Estou aqui : http://www.photoblog.be/MissLyliaViolet

11:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

Conheço esse sentimento nas veias, mas eu costumo sentir violetas...
Intenso e palpável como sempre e desta vez audível!
muito bom André.beijinhos

12:09 PM  
Blogger musalia said...

hoje, ainda há pouco, senti esse renascer. como uma aragem tépida cobrindo o frio do inverno, o inverno instalara-se preguiçoso. no meu corpo.
talvez a chuva tenha trazido o renascer do que pensara extinto.
beijos.

4:12 PM  
Blogger Hata_ mãe - até que a minha morte nos separe Hugo ! said...

Tambem gosto da chuva muito.
Alice

5:35 AM  
Blogger Luís Filipe C.T.Coutinho said...

Os vidros da janela como a folha de uma pauta...


abraço

6:09 AM  
Blogger Magda Díaz Morales said...

Como siempre, André, bellas metáforas, imágenes que nos llegan con la música en este poema.

Un abrazo.

12:26 PM  
Blogger agua_quente said...

Mas quando as glicínias começaram a crescer, não conseguiu ouvir a música em todo o seu esplendor? :)
Beijos

6:39 AM  
Blogger Eli said...

Um arrepio, quando se sente a música da água...

Como gosto disto aqui. Lindíssimo.

:)

11:21 AM  

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