Monday, March 13, 2006

A espera

Esses dedos tão perto e tão longe do entender da pele aproximam-se e afastam-se a um mesmo tempo como ondas chegadas ao litoral duma qualquer ilha.
Sentava-se na margem do firmamento e esperava com as estrelas a chegada dos rouxinóis.
Os dedos participam no vento e o espelho redondo da noite bebe água no rio adormecido.
No voo e canto da pequena ave está talvez o mapa das cidades em que o coração se perdeu.

7 Comments:

Blogger SL said...

Como eu sei da espera como tu tão bem a descreves... dói tanto.
Jinhos

5:15 AM  
Anonymous Anonymous said...

as vezes parecem estar tao perto,
outras uma distancia fenomenal!!!!
incrivel nao e???

beijokas

8:47 AM  
Blogger paper life said...

Lindo, André.

:) Bjs.

(não consigo por mais que tente, abrir "os meus pais" é problema meu?)

3:39 PM  
Blogger SL said...

Comento apenas para dizer que finalmente tens a caixa main do template para cima.
Jinhos

4:12 AM  
Anonymous Anonymous said...

O coração se perdeu no fragor da corrente, num voo raso de ave, gesto de desalento no sentir adormecido. Beijinhos e bom fim de semana :)

4:51 AM  
Blogger agua_quente said...

Hoje é a água que vem ter contigo. Afinal a tua escrita está sempre tão próxima da natureza! :)
"Os dedos participam no vento" e marcam o ritmo das ondas, embalando a espera.
Beijos

2:03 PM  
Blogger Eli said...

Os rouxinóis não vêm de noite. Porém, durante a noite cheguei e estou aqui.

:)

11:23 AM  

Post a Comment

<< Home