A espera
Esses dedos tão perto e tão longe do entender da pele aproximam-se e afastam-se a um mesmo tempo como ondas chegadas ao litoral duma qualquer ilha.
Sentava-se na margem do firmamento e esperava com as estrelas a chegada dos rouxinóis.
Os dedos participam no vento e o espelho redondo da noite bebe água no rio adormecido.
No voo e canto da pequena ave está talvez o mapa das cidades em que o coração se perdeu.
Sentava-se na margem do firmamento e esperava com as estrelas a chegada dos rouxinóis.
Os dedos participam no vento e o espelho redondo da noite bebe água no rio adormecido.
No voo e canto da pequena ave está talvez o mapa das cidades em que o coração se perdeu.
7 Comments:
Como eu sei da espera como tu tão bem a descreves... dói tanto.
Jinhos
as vezes parecem estar tao perto,
outras uma distancia fenomenal!!!!
incrivel nao e???
beijokas
Lindo, André.
:) Bjs.
(não consigo por mais que tente, abrir "os meus pais" é problema meu?)
Comento apenas para dizer que finalmente tens a caixa main do template para cima.
Jinhos
O coração se perdeu no fragor da corrente, num voo raso de ave, gesto de desalento no sentir adormecido. Beijinhos e bom fim de semana :)
Hoje é a água que vem ter contigo. Afinal a tua escrita está sempre tão próxima da natureza! :)
"Os dedos participam no vento" e marcam o ritmo das ondas, embalando a espera.
Beijos
Os rouxinóis não vêm de noite. Porém, durante a noite cheguei e estou aqui.
:)
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