O Eco
Quando senti que o teu olhar sedutor ia voltar fechei os olhos. Senti a adversidade da palavra indisposta a ser escrita. A onda já me penetrara os olhos e quando voltei a abri-los devolvi-a em parte aos teus. A palavra já escrita era também uma adversidade: ali está ela, o que faz ela ali? Neste jogo de ecos sensuais deixamo-nos submergir pela maré dos sentidos.
O Eco sensual descrevia o arco do vermelho da cereja em queda. O prato de sobremesa. A árvore esperando a colheita dos seus frutos. Os frutos nos ramos mais altos anunciando a maturidade do texto tão difícil de colher.
A onda regressava na página seguinte do livro dos sentidos, era impossível não continuar a ler.
O Eco sensual descrevia o arco do vermelho da cereja em queda. O prato de sobremesa. A árvore esperando a colheita dos seus frutos. Os frutos nos ramos mais altos anunciando a maturidade do texto tão difícil de colher.
A onda regressava na página seguinte do livro dos sentidos, era impossível não continuar a ler.
14 Comments:
Uma coisa é certa: tu estás próximo dos ramos mais altos da árvore. Difícil é que a maré dos sentidos não nos venha submergir, quando a sensualidade recíproca está em jogo. Mas claro que tinhas de continuar a ler... :) Beijos
Lindo!!!Realmente encantador!!!
Bjos e uma ótima semana p/ ti!!!
é impossível não contunuar a ler-te.
beijo
:)
André,
Achei este teu poema fora de série.
A palavra escrita é como tudo nesta vida: agridoce... Tal como a cereja que cumpre a vermelha elipse na queda da verde árvore para a cesta, da cesta para o prato da sobremesa, daí para o vermelho das nossas entranhas menos ecoantes que o espírito mas mais vermelhas que cerejas.
Beijo
Torno-me repetitiva, mas tens uma habilidade incrível para criar metáforas invulgares. Beijo
Depois de escutar este eco, só me ocorre dizer...venham outros ecos assim. As tuas palavras cativam :)) Beijo
Esta lindo...Simplesmente---Lindo..Um beijo doce
MissladyMystery -> Http://Mundodossonhos.blogs.sapo.pt
a palavra ecoando a agonia do poeta
belo!
Beijos, carinho.
Oh André.... adorei! Tenho pena de não ter a arte e o engenho de brincar com as palavras como tu (e a minha querida Cass).
difícil seria não ler...Bjs e;)
'(...) o arco do vermelho da cereja em queda' - divinal :) Beijo enorme :)
Epah, se te disser que já "ouvi" um eco assim, "senti" um eco igual?! Muito bem descrito por ti...fabuloso.
Jinhos
e o Eco não se torna fraco...
"A palavra já escrita era também uma adversidade: ali está ela, o que faz ela ali? " Magnífico...também sinto que por vezes as palavras depois de escritas são independentes de mim, quase como se outra pessoa as tivesse escrito e não eu. É estranho...beijo
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