Natureza morta
Fechei os olhos e vi um campo de rosas soldadas a um chão de ferro ferrugento.
Lírios azuis flutuam nas águas do rio que passa entre os teus seios.
Nos desenhos dos campos em que o meu olhar se derrete apreendo as melodias do mundo.
Uma andorinha despenha-se e tranforma-se na Deusa que criou a papoila.
A grande lagarta amarela devora malmequeres em cima dum prédio em chamas: será a mais bela borboleta a poisar nas tuas mãos.
Lírios azuis flutuam nas águas do rio que passa entre os teus seios.
Nos desenhos dos campos em que o meu olhar se derrete apreendo as melodias do mundo.
Uma andorinha despenha-se e tranforma-se na Deusa que criou a papoila.
A grande lagarta amarela devora malmequeres em cima dum prédio em chamas: será a mais bela borboleta a poisar nas tuas mãos.
16 Comments:
...e talvez um dia a lagarta se transforme em borboleta, se é isso o horizonte perfeito de todas as lagartas, e voe para longe das tuas mãos e encontre os luminosos lumes que rodeiam a tua sombra.
(fiquei fã das tuas amostras de poemas)
¡¡Oh, qué maravilla has escrito, André!!
Qué suerte es, siempre, abrir tu blog y llenarse de letras... sentidas, poéticas.
Un beso,
Saf ;-))
André, sinto que a cada dia que passa consegues superar-te cada vez mais. Este texto é incrivelmente bonito, caramba! Fiquei de sorriso enorme e com vontade de ler e reler! Beijo grande e nunca deixes de escrever assim :) Digo isto do coração, és um bálsamo!
Gostei muito deste texto, cujo título é estranho, confere-lhe uma coisa que ele não tem: morte.
Que belo!!!Por incrível que pareça, você consegue se superar...bjos e um ótimo final de semana!
e nos teus dedos o casulo...no fim apenas restos de beleza.
abraço
Já não sei comentar poemas, só sei gostar ou não gostar e, gostei muito!
:)
Un fuerte abrazo, Andre..
Que lindo, André!
Tenha uma boa semana!
Beijos,
Daniela
Muito enigmático, este poema. Dulcíssimo e doloroso...
Estranhamente poético.
Beijos e mais beijos
A languidez e frieza da lagarta, a pureza dos malmequeres, a violência do fogo, o amarelo que ofusca, sensual e sórdido.O que tu escreves sente-se na pele.Gostei muito.Beijinhos
na larva..na lagarta...na borboleta...no poisar na mão...no teu olhar...
Não perkas os sentidos pk tudo isso é ilusão mas estranhamente existe...
Finalmente arranjaste o template...e a natureza morta, nas tuas palavras parece bem viva...
JiNHOS
tu permaneces adormecida, num imenso abandono.
e a grande lagarta amarela devora malmequeres.
Formosa fabela caro André, é um prazer imenso te ler. Obrigado.
o título pode falar em morte, mas para mim tudo está vivo quando te leio. as palavras vivem:)
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