Friday, July 08, 2005

Génesis

O demiurgo vomita lentos rios de infinita obscuridade sobre a sombria noite.
Revestidos os tecidos do universo por esta escuridão um imenso olho fechado espreita o interior da gruta gerada pelos segredos.
Húmido vazio.
Sopro diluído na ascensão da criação.
Por difamar a sua insuperável beleza ficou cego.
Lambido o olho por duas serpentes uma convulsão de visões restaurou-lhe o sentido desse antigo culto do belo.
As imagens romperam o fluxo do tempo e iluminaram-se de estrelas.

9 Comments:

Blogger musqueteira said...

Viva André,
Também eu...na minha Moleskine...tenho muitos segredos:)

9:49 AM  
Blogger Ana João said...

aii...

4:34 PM  
Blogger SL said...

Amei...muito melhor que o verdadeiro Génisis.
Jinhos

1:33 PM  
Blogger Catarina Santiago Costa said...

Gostei deste novo fôlego, desta lambidela de criação.
Beijo

3:43 AM  
Blogger MIN said...

Contigo estou sempre a aprender. Demiurgo...
Gostei.

6:21 AM  
Anonymous Anonymous said...

Lindo poema, Demiurgo. (lo que pude entender)
Saludos.

12:41 PM  
Anonymous Anonymous said...

Lindo poema, Demiurgo. (lo que pude entender)
Saludos.

12:42 PM  
Blogger Magda Díaz Morales said...

Que hermoso describes el origen, el principio. Casi se puede ver al tiempo diluido para dar paso a las estrellas...

4:32 PM  
Blogger BlankPage said...

As imagens..sempre as imagens...

4:48 AM  

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