Thursday, July 14, 2005

Transporte raro

Transportava no ombro uma vara de céu azul pelos brancos caminhos de caliça.
O corpo depositado à beira do raio de Sol escurecia até ao anoitecer, de estrelas no bolso roto, na fronteira do firmamento.
Buraco negro.
O Sol cortado às fatias e comido à luz do luar numa festa de pirilampos.
Nuvens rosa rasam as respostas.
O transporte do vento vinha dos olhos
Vindima de sentidos
Devorado o Sol levantou a vara de céu e na noite uma linha azul assombrou-me.

8 Comments:

Blogger Alphonse Zheimer said...

Uma viagem pela vindimia dos sentidos, esse é o seu jeito de escrever. Obrigado.

11:23 AM  
Blogger BlankPage said...

Assombras-me kom as tuas peripécias imagéticas..adoro as tuas "viagens" e o teu sentido de realidade/tempo/sentir..tudo ixto se konfunde em harmonia kdo eskreves...

12:03 PM  
Blogger isa xana said...

a tua escrita é verdadeira poesia:)

**

2:02 PM  
Anonymous Anonymous said...

sabes que a tua palvar escrita canta?

bonito...

7:26 PM  
Blogger Magda Díaz Morales said...

La noche, las estrellas en el bolsillo, el cielo, las nubes, el sol, el viento, la luna...

Una danza de la naturaleza a través de tu poema. Bellisimo.

11:44 AM  
Blogger Monique Mendes said...

Lindo! é a 1ªvez que cá venho mas virei muitas mais de certeza! todos os seus textos são magnificos, envolvem-me como um manto de veludo! Tem uma grande alma de poeta!

8:48 AM  
Blogger musqueteira said...

Viva André,
Um Céu...muito Azul...sempre Azul e renovado...o seja...assim... entre dunas de areias amarelas ou aquelas estrelas brancas desenhadas acolá;)

4:28 PM  
Blogger Catarina Santiago Costa said...

Sempre demiurgos os teus personagens, demiurgos apaixonados por um universos que criam e que se criam na frente deles...
'Transporte raro' me sona raro... ;)
Beijos e obrigada pelos teus comentários, meu querido

4:37 AM  

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