Wednesday, August 10, 2005

Mordjiane e a estrada

Baixei os beijos do barco e fui brincar na Babel b'arbara.
Mordjiane saida das longas noites, magia e mulher, com passos de luz sem nunca tocar o cinzento solo.
Beijiei num banco um bailado debaixo duma inomin'avel 'arvore que abraçava outra da mesma esp'ecie sob o olho da nuvem cinzenta.
Preparava a entrada no interior do animal surpresa mas, enquanto o fazia j'a tinha entrado no alcatroado sistema circulat'orio.
Cidades, estações de serviço, carros camiões, bermas de estrada, sorrisos, olhos que não nos vêem, pessoas que nos desejam boa sorte, a sorte e o azar, viver num optimismo tao grande e, quem sabe, talvez inexplic'avel.
Mordjiane d'a-me a mão e mostra-me mais um orgão. O seu olhar ilumina o desconhecido duma nova luz: esse olhar é o pr'oprio desconhecido iluminado. O orgão pulsa de vida.
O para'iso, um par de olhos iluminados.

5 Comments:

Blogger Andre_Ferreira said...

Estou 'a boleia e tenho poucas oportunidades de aceder a um computador, por isso nao tenho comentado ninguem. Em Setembro regresso. Maldito teclado frances!

7:03 AM  
Blogger SL said...

Se vieres para cá sabes que tens boleia garantida!
Jinhos

8:12 AM  
Anonymous Anonymous said...

daí os acentos! eheheh

foi bom ler-te outra vez..inté!

9:50 AM  
Anonymous Anonymous said...

"baixei os beijos do barco". uau, me deixou à deriva.

abraços de arruda

8:14 AM  
Blogger BlankPage said...

O sangue já nem sequer permanece intacto.

12:22 PM  

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