Tuesday, March 13, 2007

Margem do céu

Água do rio, Lua derretida na margem.
Muda de cor. Cor muda.
Garrafa de plástico entre as folhas podres e vivas.
Debaixo da romaneira o gato e o Sol aquecem-se um ao outro.
Do principio ao fim, sem principio nem fim.
Procurava a transparência com que se vestir. Sombra da Lua. Reflexo imaginado num lago só lembrado.
Flechas escapam dentro do olhar. Longe do voo e do vento.
Os ramos entrelaçam-se até formar novas formas, outros ramos, outras ideias de ramos.
A cem metros da margem afundava-se o infalível e o pensamento flutuava pela última vez na flor do fim.