Sementeira na órbita errática
Quando finalmente conseguia pôr em movimento a cápsula de sementes electrónicas os amantes titânicos esmagaram milhões de formigas estelares no firmamento. Uma chuva de estrelas escorria do céu incendiado nas curvas dos corpos.
Sentia-se um satélite enquanto perdia a órbita, embora fizesse parte daquela espécie de acordo nunca estar perdido.
Um quilómetro era um festim. Expandia-se e descobria partes do que antes lhe tinha parecido insondável.
Numa esquina uma resposta. Cada resposta uma pergunta, cada pergunta uma pergunta.
Olhava as sementes aparecidas nos bolsos durante o caminho com um misto de estranheza e alegria: não tinha bolsos rotos, era o caminho que parecia perder coisas.
Sentia-se um satélite enquanto perdia a órbita, embora fizesse parte daquela espécie de acordo nunca estar perdido.
Um quilómetro era um festim. Expandia-se e descobria partes do que antes lhe tinha parecido insondável.
Numa esquina uma resposta. Cada resposta uma pergunta, cada pergunta uma pergunta.
Olhava as sementes aparecidas nos bolsos durante o caminho com um misto de estranheza e alegria: não tinha bolsos rotos, era o caminho que parecia perder coisas.