O Poema perdido
No poema perdido haviam gordas nuvens paradas no céu, semelhantes a pedras de granito deitadas à sombra de árvores.
Olhando o céu não poderia encontrar então o poema: o céu está azul e sem nuvens.
Ouvi pela primeira vez um suspiro suspenso dos teus cabelos esvoaçantes.
Caminhando pelo jardim tento descobrir onde se alimentaria o escaravelho verde metálico: o devorador de cores, a preciosidade animal. Mas as pétalas devoradas pelo animal no poema já não são as mesmas que agora encontro.
Transbordavam pétalas pelos campos, presas nas árvores, espalhadas pelo chão como nós.
Lembro-me também de ouvir vozes e risos nesse poema e agora só fantasmas por aqui caminham.
Nus bebemos taças do orvalho que nos cobria a pele enquanto recordávamos o antigo poema dos nossos corpos.
Olhando o céu não poderia encontrar então o poema: o céu está azul e sem nuvens.
Ouvi pela primeira vez um suspiro suspenso dos teus cabelos esvoaçantes.
Caminhando pelo jardim tento descobrir onde se alimentaria o escaravelho verde metálico: o devorador de cores, a preciosidade animal. Mas as pétalas devoradas pelo animal no poema já não são as mesmas que agora encontro.
Transbordavam pétalas pelos campos, presas nas árvores, espalhadas pelo chão como nós.
Lembro-me também de ouvir vozes e risos nesse poema e agora só fantasmas por aqui caminham.
Nus bebemos taças do orvalho que nos cobria a pele enquanto recordávamos o antigo poema dos nossos corpos.