O Eco
Quando senti que o teu olhar sedutor ia voltar fechei os olhos. Senti a adversidade da palavra indisposta a ser escrita. A onda já me penetrara os olhos e quando voltei a abri-los devolvi-a em parte aos teus. A palavra já escrita era também uma adversidade: ali está ela, o que faz ela ali? Neste jogo de ecos sensuais deixamo-nos submergir pela maré dos sentidos.
O Eco sensual descrevia o arco do vermelho da cereja em queda. O prato de sobremesa. A árvore esperando a colheita dos seus frutos. Os frutos nos ramos mais altos anunciando a maturidade do texto tão difícil de colher.
A onda regressava na página seguinte do livro dos sentidos, era impossível não continuar a ler.
O Eco sensual descrevia o arco do vermelho da cereja em queda. O prato de sobremesa. A árvore esperando a colheita dos seus frutos. Os frutos nos ramos mais altos anunciando a maturidade do texto tão difícil de colher.
A onda regressava na página seguinte do livro dos sentidos, era impossível não continuar a ler.