Sunday, June 17, 2007

O oleiro

Já falei infinitas vezes nos mil tons de verde que as suas mãos regam entre as sombras.
Atravessavas o canavial e o canavial atravessava-te.
A água corre à sombra e toca a música dos regatos a anos-luz. Barro onde se afundam os pés, moldes de pés, moldados. Moldes donde sai o meu corpo e o teu.
Dentro de ti ganho uma nova forma.